Terça-feira, 16 de Fevereiro de 2010

mudança

É isso mesmo. A partir de agora, sou eu, mas aqui:

 

http://notadepassagem.blogspot.com/

 

de J às 23:10
| Diz-me
Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010

faz-me espécie...

Aquelas velhas que se põem na fila do supermercado a refilar sobre tudo e todos. Mas sozinhas. Falam para o ar, cada vez mais alto, até que alguma alminha distraída faça contacto visual e depois é uma chatice, nunca mais nos largam. Até com o preço dos alhos franceses (comprei um e custou-me uns 20 cêntimos) tive que levar.

de J às 23:50
| Diz-me
Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2010

mais docinha

de J às 13:19
| Diz-me
Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2010

Não é mau humor. É sem máscara.

 

É o fazer qualquer coisa e ir logo pedir desculpa, mesmo que a culpa não tenha sido minha, mas porque detesto estar chateada então prefiro que tudo corra como normalmente, parece que tenho medo das ondas e de me molhar, e dos salpicos, que se não sou então ninguém é um vidrinho, ou se for, que se quebre e leve os cacos porque cada vez tenho menos paciência para andar com sapatos cor-de-rosa atrás de ninguém, ah mas as pessoas não mudam, então não mudam, o meu cor-de-rosa foi-se e não vejo grandes esperanças que volte, foi-se simplesmente porque deixei de acreditar nele assim tão vivo, e agora que caralho, não se volta a acreditar muito numa coisa só porque se quer, nem no carregar no inbox de 15 em 15 minutos a ver se chega alguma coisa, que nem sabemos bem o que queremos que chegue, e afinal o amor é uma coisa que dá trabalho, e é melhor esperar pelo mail amanhã, e isso ninguém me explicou quando lia os livros de princesas e acreditei que podia ser uma, e a merda das pequenas coisas que se faz que ninguém vê e então as coisas grandes, as coisas grandes, tenho que estar sempre contente com as coisas pequenas, parece que não há mais tamanhos e se calhar já não há mesmo, eu é que visto o L e sei que há mais para a frente e mais para trás, aliás não tenho paciência para todas essas filhas da puta que têm mais de 1,70 e pesam 55kg, com boa roupa comprada em bons sítios e cabelo liso que não me apareçam à frente a dizer que têm que perder qualquer coisa num sítio qualquer do corpo, porque dá-me o real instinto assassino de as deitar numa marquesa de spa, pegar numa faca da minha cozinha, fazer covinhas nas pernas e rabo ausentes e dizer ‘estás a ver minha grande puta, agora já tens celulite’ porque se não forem essas mulheres, o que é que sobra? Tipo, eu?, a mim é que nunca me chegou à secretária um ramo de flores entregue por um estafeta, só vi isso a acontecer uma dúzia de vezes bem à frente dos olhos e sempre a essas putas, e à primeira pensar que haveria alguma possibilidade de ser para mim, mas afinal não, o romantismo morava sempre na secretária ao lado e essas putas é que têm direito a essas coisas, mas sempre muito amorosas distribuíam uma florzinha pelo mulherio que tinha visto passar, incluindo eu, pois claro, e à terceira vez já mal levantava os olhos para ver bem de que tamanho era o bouquet, mais vale fazer de conta que se está a aviar os emails subitamente urgentíssimos e engolir qualquer coisa azeda que se tenha começado a formar na saliva do que sequer pensar em admitir que nunca na vida isto vai acontecer a mim, mais uma no meio do mulherio que apanha o metro todos os dias, e que não tem paciência para por saltos altos porque trabalha num sítio onde o que se quer é que se seja um bocado burra, não tanto porque convém que faça qualquer coisinha, mas o suficiente para ir por coisinhas em cima das mesas só porque é menina, só porque é pequena, e não vai dizer que não, não tem interesse absolutamente nenhum, não quero saber, não me digam, não quero ouvir, não quero fazer, como se ter nascido com menos aqueles 20cm fosse o suficiente, mas que até é muito jeitosinha, aliás sabe fazer coisas na cozinha que permitem que um dia a família se alimente bem, e que caralho, sou aquela amorosa e queridinha das relações estáveis, que todos – sem excepção – dizem que sou a mulher da vida deles e durante uns tempos achei que isso era uma coisa boa, agora começo a ter nojo dessa frase porque eu já disse que o cor-de-rosa se foi embora?, e deve significar que é só porque já sei o nome que quero chamar à minha primeira filha há anos – será Sofia e é um nome decente por isso vai ser este porque eu quero - e procuro que as refeições tenham sempre sopa, legumes ou salada, de maneiras que vou sendo, vou estando, vai-se dizendo, vai-se andando, até ao dia em que acordam e lhes digo que não dá mais, tenho outro, e é um ai Jesus meses a fio que vão mudar, vão mudar, eu é que sou, eu é que é, pois, eu é que sou aquela que quando esmorece vai deixando escapar o que quer que lhe aconteça, o que gostaria que lhe fosse feito, ops caralho dei como exemplo a das flores na secretária, pronto esta já se foi e não volta, a idiota com a perfeita noção que se está a enganar a si mesma mas que apesar de tudo lhe sabe bem aqueles miminhos, ainda que arquitectados por ela, mas e a vidinha aparentemente vai correndo bem porque eu vou deixando que corra, vou tentando fazer de conta que se está bem assim, porque o pânico de ficar sozinha é sempre maior do que a vidinha, de maneiras que não me posso queixar, cada um deita-se na cama que faz, e eu na maioria das vezes deito-me na cama que faço, em vez de ser como a maioria das putas que sai da casa dos pais sem saber que medida de arroz se usa, mas que por isso é tão adorável, tão desculpável, tão promissora, tão queridamente desastrada e eu sou só aquilo que sou e pronto, sem promessas, sem descobertas, sem aparelho nos dentes, a saber refogar a carne, sem possibilidades de se mostrar uma revelação tão positiva e que paixão que isso desperta, efectivamente com problemas em encontrar um par de calças de ganga que me sirvam, e sair de todas as lojas a pensar que um dia talvez, na próxima colecção quem sabe, e ter que adiar todos os dias qualquer coisinha para um dia, um dia, um dia, caralho, como se ontem e hoje e amanhã não fossem também um dia, e no meio destes dias que nunca mais são vai-se perdendo quantos foram e um dia grito porque também sei gritar, e grito também nas lojas que visto o 42 sim, 40 em alguns modelos, e que não é preciso insistirem que aquilo me serve porque não serve não, garanto que sei que não serve, mas afinal olha a porra quem vai comprar sou eu ou a menina, e é o preferir dar-me bem com toda a gente do que mandar as pessoas à merda quando bem precisam de lá ir, porque deixo tantas e tantas vezes que me colem um post-it na testa a dizer ‘estúpida’ só porque acho é preferível isso a confrontos directos e o resultado, vou a ver, é tornar-me invisível um par de dias depois de ter saído dos radares, credo, que insignificância, e deixo aos poucos de ter paciência para ter que perceber, perceber, perceber, perceber, perceber, não quero mais perceber mais coisa nenhuma, que esse verbo já me tolhe os movimentos e o telemóvel só me mandar mensagens do meo, de ofertas, do raio que os partam, se quiser que as pessoas se lembrem de mim tenho que ser sempre eu a dizer o que quer que seja, e ó como estás, e ó o que é feito de ti, e ó queres ir tomar um café, por isso se sou tão dispensável dispensem-me de vez, e de esconder o meu mau humor porque há dias em que me apetece ir dançar até as 6 da manhã e não há meio, parece-me que nunca mais haverá meio a não ser que vá sozinha porquê, porque com quem eu eventualmente iria já ‘passou essa fase’, pois é, todas as pessoas já passaram a fase, as fases, disto e daquilo, e eu não, tenho essas fases entaladas na garganta, todas, por ordem, tamanho, feitio, cores, e parece-me que assim hão-de estar para o resto dos meus dias de mulher, como passei a detestar esta palavra, juro que ser mais cabra me haveria de abanar a vida.
de J às 15:14
| Diz-me | O que disseste (4)
Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010

fadinho

Não sei, mas acho que um dia destes, daqui a algum tempo, vou acordar e sentir que o tempo de fazer certas coisas já passou.

E depois?

Depois é uma chatice.

 

de J às 10:05
| Diz-me
Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2010

closet

Sinto-me como que uma cruzeta. Puxada e esticada por uma coisa qualquer que não eu, às vezes meio separada da cabeça, que também às vezes não sabe muito bem o que se passa aqui por estes lados. Como se tivesse uns fios, e soltos da mão.

 

 

 

Mas que raio.

de J às 14:06
| Diz-me
Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2010

Não é. Foi.

A paciência consome-se e alimenta-se nela própria. Reinventa-se. É criativa. Dura enquanto acredita nela mesma.

No fundo, é uma arte. (Até à parte do ser finita.)

de J às 18:01
| Diz-me
Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010

querido Pierce,

 

Mas o que é isto?!

 

Tau tau no Pierce.

Pierce feio.

Tau tau.

de J às 12:00
| Diz-me

irremediavelmente cativada

 

de J às 11:57
| Diz-me
Domingo, 24 de Janeiro de 2010

abananço

Uma das minhas melhores amigas vai casar em breve. Daquelas que conhecemos desde os nossos 6 anos, com a qual crescemos e descobrimos muitas coisas. Da qual vi todos os namoros, desde os mas-ele-afinal-não-gosta-de-mim, até ao sabes?-há-um-colega-meu-da-faculdade-que-vai-comigo-todos-os-dias-no-autocarro-chama-se-Pedro-que-curioso-mora-mesmo-perto-de-mim. E já lá vão 7, ou 8 anos. Perdi ligeiramente a conta.

Estive com ela(es) hoje. E é uma manhã como a de hoje que bate mesmo de frente com o meu mais recente bloqueio em falar de amor. Choca com grande estrondo, faz estragos, rasga o vidro, mesmo sem o partir. Não sei se isso é bom. Mas mais uns quantos choques frontais, umas inundações, umas pedras atiradas ao vidro - não por mim - e talvez volte tudo ao normal.

Ou então talvez não volte. Pronto, a um normal diferente, ao que poderá ser considerado normal. Ao qual chamarei normal por não poder voltar a chamar de mais coisa nenhuma.

 

 

 

de J às 13:15
| Diz-me
Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2010

se há maestros giros?

Claro que há.

Assim só de repente, estes dois:

 

 

 

 

Christoph Koenig

 

 

 

 

E este: Rui Massena.

 

 

 

Aceitaria com todo o gosto ser dirigida por um destes dois.

(Se bem que conheço o Rui desde pequenina. Foi maestro do meu coro. Por isso acho que não vale.)

de J às 21:50
| Diz-me | O que disseste (1)
Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2010

lista de aniversario?

 

Swatch Precious Rain ring

 

Finalmente a swatch voltou a dar (me) um arzinho da sua graça. Colei no vidro. Pode ser que se aguente lá à espera até ao fim do ano. Mnham mnham.

 

Hmmm... por este andar vem para cá bem mais cedo.... ;)

de J às 11:41
| Diz-me
Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2010

e o pior é sempre com o tempo de chuva

Fui cortar o cabelo.

O que não é nada de interessante a não ser pelo facto de que a cabeleireira deu asas à imaginação na parte de trás do cabelo. Quer dizer, diz-me que o cabelo é fininho e pouco. E vá de mo cortar 'isto agora é corte para crescer, menina'. Então não é. Parece que se me passou uma rebarbadora com problemas existenciais cá por cima. Especialmente porque estou aqui, estou ali a cortar pelas orelhas para acertar minimamente a coisa.

Será que há advogados especializados em processos de cabelos-cortados-à-vontade-da-cabeleireira?

de J às 20:48
| Diz-me

já que está tanto frio aqui

Que neve!

Neva em tanto lado, era só mais um. Um ou dois dias, pronto, para não causar muito transtorno.

de J às 08:57
| Diz-me | O que disseste (1)
Sábado, 9 de Janeiro de 2010

cacos

de J às 16:18
| Diz-me
Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2010

querer, queria

Neste momento, ir a Paris não é um desejo, é uma necessidade...

 

 

Repetto Shoes

 

 

de J às 09:21
| Diz-me | O que disseste (2)
Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2010

once upon a time, in my little red carpet...

 

Para algum lado têm que ir as palavras, os actos, os possíveis e os imaginários.

Assim posso ouvir sempre que queira e precise.

de J às 16:19
| Diz-me

expensive love

 

LV. Claro.

de J às 14:35
| Diz-me
Segunda-feira, 4 de Janeiro de 2010

no entanto

Sem vontade de dizer nada.

 

 

Chanel Perspex Briefcase

de J às 22:18
| Diz-me
Domingo, 27 de Dezembro de 2009

não há meio de

que aconteça o que eu quero, eu posso, eu mando.

Já nem falo em ter acesso aos (todos!) botões... mas a certa altura pergunto-me se a minha função é só meter no lixo, ou pegar no lixo e ir ao contentor. Sendo como sou, sei que iria atrás do carro do lixo, para ter a certeza que nada fica para trás caído no chão. A minha mente encarrega-se facilmente de imaginar que esse bocadinho no chão, por mais pequenino que seja, se iria amorfizar numa qualquer forma medonha e escura. Medo esse que me aparece sempre, mas sempre, nos piores dias, como que a acompanhar os meus mais secretos temores, tipo batatinhas assadas.

Não sei se algum dia vai desaparecer. Não me parece que venha a desaparecer. Tenho muitos espaços vazios que enquanto se preenchem e não preenchem vão sendo ocupados por essa ideia amorfa, que quanto mais o tempo passa, mais ela ganha forma, e há mesmo dias em que a consigo tratar por tu. É preciso pedir com jeitinho? Por favor, será que podia, se não fosse muito incómodo, peço imensa desculpa, mas?

Mas...

 

Mas?

 

Mas nada.

 

 

 

 

 

Será que é de facto verdade a ideia de que é preciso parar de respirar, decidir suster a respiração? Será que depois os soluços param? Ou só vai lá com o susto? Bú?

 

 

...

 

 

 

Oh.

 

 

de J às 21:44
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|mim

|procuras...?

 

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